"Close", co-produção belga, francesa e neerlandesa do realizador Lukas Dhont, foi o grande vencedor do Lux Audience Award. Já vencedor do Grande Prémio do Júri em Cannes e nomeado para os recentes Óscares, a obra concorreu ao prémio com outros quatro filmes, entre eles "Fogo-Fátuo", do realizador João Pedro Rodrigues (os restantes foram “Alcarràs”, da espanhola Carla Simón; “Burning Days”, do turco Emin Alper; e “Triângulo da Tristeza”, do sueco Ruben Östlund).
O filme aborda a «história de Léo e Rémi, melhores amigos, com 13 anos e que adoram passar o tempo livre juntos. A relação íntima dos dois é alvo de comentários desprezíveis por parte dos colegas da escola. Os laços que os unem são violentados e, inevitavelmente, os resultados são devastadores (...) “Close” é uma ode à responsabilidade dos afectos alicerçado numa crítica feroz à normalização social da agressão e demonização da ternura física e emocional.»
A cerimónia do Prémio Europeu do Público LUX 2023 decorreu no hemiciclo do Parlamento Europeu, em Bruxelas. O filme vencedor foi escolhido através da combinação da votação do público e dos eurodeputados, cada um pesando 50%. A plataforma de prémios recebeu cerca de 45 000 classificações (avaliações numa escala de 1 a 5 estrelas) de espectadores europeus e de 360 de eurodeputados.
Para fazer parte do Prémio Europeu do Público LUX, os filmes (ficção, animação e documentário, com um tempo de execução de pelo menos 60 minutos) têm de ser produzidos ou co-produzidos em países elegíveis do programa Europa Criativa-MEDIA (Estados-Membros da UE, Albânia, Arménia, Bósnia e Herzegovina, Geórgia, Islândia, Kosovo, Moldávia, Montenegro, Noruega, Macedónia do Norte, Sérvia e Ucrânia).
O Lux Audience Award tem como objectivo apoiar as produções cinematográficas europeias, dando visibilidade aos filmes indicados e alcançando um público mais amplo. O filme vencedor é adaptado para públicos com deficiência visual e auditiva e promovido nos Estados-membros.