Co-financiada pelo Europa Criativa MEDIA, a EAVE, em colaboração com o Canada Media Fund e o mercado When East Meets West, lançou, no recente Festival de Toronto, o relatório Building Inclusive Co-productions: Best Practies for Producers, documento que aborda a co-produção inclusiva, apresentando um novo quadro para transformar os modelos internacionais com base na equidade, transparência e soberania narrativa.
Desenvolvido no âmbito de um think tank internacional facilitado pela EAVE, em parceria com o When East Meets West e com o apoio do CMF, Telefilm Canada e da International Emerging Film Talent Association, o relatório responde à necessidade urgente de enfrentar barreiras sistémicas na co-produção audiovisual.
Segundo Kristina Trapp, CEO da EAVE, «as co-produções internacionais sempre foram um instrumento de colaboração, mas muitas vezes replicam sistemas desiguais e silenciam as vozes que pretendem amplificar. Este relatório é não apenas uma crítica, mas um guia para produtores interessados em co-criar uma indústria verdadeiramente inclusiva e representativa».
Destaca-se parte do conteúdo presente no Building Inclusive Co-productions: Best Practies for Produers:
- Desenvolvimento de histórias: envolvimento de comunidades locais na concepção narrativa e integração de consultores culturais
- Financiamento e contratos: modelos de risco e recompensa partilhados, orçamentação transparente e cláusulas que protegem produtores sub-representados
- Práticas de produção: recrutamento inclusivo, códigos de conduta obrigatórios em filmagens e medidas de bem-estar como horários limitados e acesso a serviços de apoio
- Pós-produção: mecanismos de revisão cultural na edição e processos que assegurem soberania narrativa a criadores indígenas, negros e racializados
- Distribuição e exibição: coordenação de estreias e janelas de lançamento para garantir igual visibilidade e modelos equitativos de partilha de receitas entre territórios
A publicação do relatório representa, assim, um passo significativo para redefinir a co-produção internacional, apontando caminhos concretos para uma indústria audiovisual mais justa, diversificada e representativa em escala global.
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